quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Prince of Persia: Clássicos (Parte 1)


Quem me conhece certamente tem vontade de me torcer o pescoço de tão apaixonada que sou pela franquia Prince of Persia. E até podem discordar comigo, mas é graças a ela que diversos aspectos evoluíram nos games.
Admito que estou com muita dificuldade em publicar algo no blog, pois voltaram as aulas da faculdade, estágio e estou dando início ao TCC, ou seja, surtando bastante (mais do que o meu normal...hehehehe). Claro que vocês não tem muito a ver com isso, contudo gostaria de poder dizer que as postagens vão ser menos frequentes e mais relacionadas à fisioterapia, pois vou transformar meus trabalhos e pesquisas em postagens. Ou pelo menos é o que pretendo fazer.
Maaaaaaaaaaaaas, vou me permitir relaxar um pouco a cuca e escrever sobre esses jogos que julgo serem incríiiveis!! Começando, então, pelo primeiro de todos... o clássico dos clássicos.
Obs.: no blog já tem post sobre o primeiro da trilogia The Sands of Time e sobre o Prince of Persia (2008), no entanto esse "capítulo" vai ser destinado à falar sobre os clássicos.

Tá, chega de enrolação!!
Prince of Persia (2D) foi criado e programado por Jordan Mechner em um Apple II nos anos 80 na linguagem Assembly 6502. De acordo com ele, era para ser uma espécie de Arabian Night's game. A imagem a seguir foi o primeiro desenho de Jordan para o jogo:
Figura 1: primeiro desenho do jogo

A história é nada complexa. O vizir Jaffar tranca a princesa em um calabouço ao descobrir que a moça ama o príncipe, dando-lhe uma hora para pensar. É essa uma hora que o Prince tem para salvá-la.

Figura 2: princesa e Jaffar

Jogabilidade:

O personagem iniciava com 3 vidas. Caso 1 delas fosse “perdida”, ela poderia ser recuperada tomando poções vermelhas encontradas no decorrer do jogo. A poção azul tirava vidas, que poderiam ser recuperadas com as vermelhas, e a poção vermelha, porém grande lhe dava mais uma vida ficando então com 4,5,6,7 vidas ao longo do jogo. 
Essas poções que davam mais vidas geralmente se localizavam em locais fora do trajeto normal do jogo, escondidas. A franquia continua com esse sistema de esconder qualquer forma que seja de aumentar a quantidade e/ou barra de vida do personagem.

Figura 3: Prince e as poções vermelha (pequena) e azul

No jogo era possível morrer não só perdendo vidas como também caindo em espinhos, sendo triturado por guilhotinas e esgotando o tempo, porém apenas esgotando o tempo chegava-se ao game over. Nas demais, era possível continuar jogando, embora começasse do início da fase, já que não existiam save points.

Porquê o jogo é incrível?

Em primeiro lugar porque Jordan Mechner, como todos ou a maioria já sabe, criou os movimentos dos personagens a partir de gravações de seu próprio irmão correndo, saltando, subindo muros, lutando e etc. Já os movimentos da luta final foram extraídos do filme "As Aventuras de Robin Hood". Isso, para a época, era bem avançado.
Segundo porque já nesse Prince of Persia ele criou a dupla personalidade do Prince, nesse jogo chamado de Shadow Man, representando o seu lado "sombrio". Essa outra personalidade também aparece nos demais jogos da franquia com outros nomes, como Dark Prince, por exemplo.
E o terceiro motivo é porque anos mais tarde, Jordan com a equipe da Ubisoft criam outro jogo revolucionário, principalmente, quanto aos movimentos dos personagens, intitulado de Prince of Persia: The Sands of Time.
Em contrapartida, o primeiro clássico (2D) não apresenta uma trilha sonora espetacular. Para ser mais precisa, apenas em algumas cenas não-jogáveis é possível escutar alguma "música", pois no decorrer do jogo apenas os sons ao beber poções, dos passos, guilhotinas, espadas, e afins estão presentes. O que não quer dizer que torne o jogo ruim, de certa forma é até interessante, porém não existe uma música que possa marcá-lo.

Lançamento e curiosidades

Lançado em 3 de outubro de 1989 pela Broderbund, embora tenha sido considerado o melhor jogo da história, em fevereiro de 1990 havia vendido apenas 600 unidades. É apenas em 1992 que o jogo começa a bombar, com 7500 unidades vendidas por mês. Nesse período Prince of Persia 2 já estava sendo programado. E por falar em continuação, Jordan havia planejado 4 games, porém por motivos que só eles devem saber, somente o segundo jogo da série foi lançado. O terceiro, em 3D, não conta com a participação de Mechner e a história não tem relação alguma com os anteriores.
Em 2011, Mr. Sid converteu o jogo para Commodore 64, cujas imagens podem ser conferidas no link: http://popc64.blogspot.com.br/2011/10/prince-of-persia-for-commodore-64128.html

Algo que apenas o Jordan deve saber também, é a razão pela qual NENHUM príncipe de TOOOODA a franquia possui nome. Prince, é assim que ele se apresenta, com um clima de mistério toda vez que os demais personagem perguntam seu nome. Na minha opinião, após ter dado um nome provisório enquanto escrevia e programava o jogo, a pressa em lançar foi tão grande devido às pressões da Broderbund que ele não se deu por conta que ainda não tinha inventando um nome para o príncipe e por assim ficou. Sem nome... promovendo diversas especulações à respeito do real motivo.

O código fonte dele foi encontrado depois de 22 anos. Jordan Mechner extraiu o fonte juntamente com Jason Scott e Tony Diaz  postando em: https://github.com/jmechner/Prince-of-Persia-Apple-II. Um PDF com informações técnicas sobre o jogo foi postado no mesmo site: http://jordanmechner.com/wp-content/uploads/1989/10/popsource009.pdf. 
Para ele, ter encontrado o código fonte, não só significava divulgá-lo, mas sim encontrar uma peça importante da sua história, embora o objetivo tenha sido apenas para diversão, até porque o próprio Jordan afirma que suas habilidades de programação enferrujaram depois de tantos anos trabalhando apenas como designer de jogos, escritor e diretor criativo.

Para finalizar, um E-book do making of de Prince of Persia está disponível em: http://jordanmechner.com/ebook/.

E na próxima parte... Prince of Persia: The Shadow and The Flame.

REFERÊNCIAS:

Mechner, Jordan. Prince of Persia. Disponível em: <http://jordanmechner.com/prince-of-persia/>. Acessado em: 18 fev. 2013.

Mechner, Jordan. Old Journals. Disponível em: <http://jordanmechner.com/old-journals/>. Acessado em: 18 fev. 2013.
  



5 comentários:

  1. Com certeza um clássico dos clássicos, muito bom o texto. =)

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  2. Obrigada pela visita e pelo comentário!! Sou muito suspeita a falar de qualquer Prince of Persia e do 'tio Jordan', porque nos jogos da franquia que ele não teve participação a queda da qualidade é bem evidente xD

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  3. Na real... Esse jogo é o mais original e revolucionário da história dos games!!!
    Não tem algo mais inspirador do que a história por trás da criação do jogo, Genial!!
    Conheci pela versão do Mega Drive e depois o remake para o Super Nintendo.
    Sem dúvidas, um dos jogos que mais joguei na vida!!!

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    1. Olá Paulo! Fico muito contente com teu comentário. Fazem meses que não consigo postar no blog em função do meu TCC que virou um mega projeto...
      Só joguei a versão para PC e se pudesse jogaria de novo!
      A história é realmente incrível. Para escrever essa postagem li os escritos de Jordan em bem pouco tempo e tão curiosa que fiquei :)

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  4. Sou da década de 80 e vi o jogo bombar. Estou revisitando o jogo e não me lembro pra que serve a poção VERDE. Pode me ajudar?

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